Este foi um dos primeiros debates do segundo semestre, o que implica sempre mais dificuldades até se criar o ritmo de discussão com a turma, pois mesmo que cada aluno tenha poucas intervenções, multiplicando-as pelo número de alunos, dá sempre muitas mensagens para ler. Ainda assim, contribui para esta actividade discutindo as questões que, no meu ponto de vista, foram as mais relevantes, nomeadamente a análise dos factores de sucesso/qualidade no desenvolvimento do mestrado que estamos a frequentar, a importância do papel do professor (que fortalece a dimensão humana de um curso online, factor que destaquei na reflexão sobre o trabalho de grupo) e o perfil do aluno, em especial a sua aptidão e competência tecnológica.
Senti algumas dificuldades inicialmente, pela extensão de algumas mensagens. Entendo um debate como uma troca de ideias pessoais e não como a exposição de fundamentos teóricos e, por isso, custa-me a interagir face a mensagens mais longas e expositivas. Para mim, a parte expositiva foi realizada anteriormente, na análise dos textos e na apresentação da síntese individual dos factores de sucesso/qualidade dos cursos online. Agora, a discussão com a turma seria o espaço para conversarmos e não para discursarmos. Mas, com o tempo, lá chegaremos como grupo.
Este debate fez-me também notar um aspecto interessante de que ainda não falámos em termos teóricos – o papel do professor num debate online. A actuação da professora tornou-se um modelo (tal como referia o texto «Reflections on Teaching and Learning Online: Quality program design, delivery and support issues from a cross-global perspective») que pode ser seguido por aqueles que se tornarem e-professores. Não foi a professora que conduziu explicitamente o debate, deixando que as ideias a discutir fluíssem naturalmente, mas também não nos deixou abandonados, dando pequenas orientações aqui e ali, sempre que considerou importante. Essa actuação, por um lado deu-nos margem para falarmos dos assuntos que mais nos interessaram, mas por outro fez-nos sentir que estávamos a ser acompanhados e que a professora estava a prestar atenção ao que dizíamos, como aconteceria numa sala de aula presencial. Considerei este aspecto muito positivo.
(publicada a 30 de Novembro de 2010)
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