Eportefólio

Este blog consiste no eportefólio de Ana Maria Marmeleira, construído no âmbito da unidade curricular de Concepção e Avaliação em Elearning, do Mestrado de Pedagogia do Elearning, da Universidade Aberta.

Tema 3: Reflexão sobre o debate

Este debate foi para mim, até o momento, o mais interessante que tivemos nesta unidade curricular. Tal como referi em reflexões anteriores, torna-se por vezes difícil participar numa discussão quando as mensagens são excessivamente longas e teóricas. No entanto, neste debate, isso não aconteceu. A grande maioria das participações teve uma extensão bastante razoável e dizia respeito a um assunto em particular. Assim, seguir a evolução do debate tornou-se mais interessante e foi mais motivadora. Talvez por isso eu tenha participado mais intensamente neste debate do que nos anteriores, sendo possível dialogar de facto com os colegas de forma muito agradável.
           
Além disso, houve uma preocupação em se discutir o aspecto prático da temática em debate, relacionando-a com a nossa experiência quer como alunos quer como professores. Esse aspecto foi enriquecedor.
        
Nesse sentido, participei em várias linhas de discussão, como a avaliação de cursos que tenham uma estrutura muito mais simples do que os cursos de que temos vindo a falar, o esforço de tornar a avaliação o menos subjectiva possível, a avaliação da quantidade e/ou da qualidade, a valorização do produto final e/ou do processo, a avaliação da participação em fóruns de discussão, a avaliação automática ou a intervenção do professor, bem como o papel da avaliação formativa. Todos esses temas são de grande importância e foi curioso ver que nem sempre chegámos a uma conclusão muito concreta, pois não acredito que haja uma receita única que todos pudéssemos aplicar com sucesso, havendo sempre uma margem para as perspectivas individuais de cada professor. No entanto, reflectir sobre o assunto e discuti-lo em conjunto é um aspecto muito positivo que nos tornou todos mais sensíveis a estas questões.
               
Em suma, este debate mostrou-nos que a avaliação é uma questão muito complexa, que envolve muitos factores e que tem de ser muito bem definida e acordada com os alunos para que tudo possa funcionar de forma positiva. Como é evidente, isso exige um grande esforço ao professor, tanto em termos de diversificação de estratégias, como em termos de tempo. No entanto, para aqueles que são professores do ensino presencial, como eu, isso não representa uma novidade. Só posso falar a nível do Ensino Secundário, que é o que tenho leccionado, mas neste nível de ensino a classificação dos alunos tem uma importância muito grande (devido à importância das médias de acesso ao ensino superior) e o estabelecimento de critérios muito bem definidos, bem como a sua discussão com os alunos já tem sido uma prática minha. A necessidade de diversificar as actividades para que diferentes competências possam ser avaliadas, a alternância entre trabalhos individuais, de grupo e de turma também é habitual. No ensino online, há uma gestão diferente destes factores pela distância que existe entre professores e alunos, mas os princípios são os mesmos.
    
Há apenas um elemento que não foi discutido e que me ocorreu mais tarde: a disponibilização das propostas de classificação e a sua discussão antes da atribuição final. Faço sempre isso com os alunos e só depois da fase de discussão é que as classificações passam a definitivas. Essa é uma prática que também poderia ser implementada no ensino online, até porque, tratando-se de um público adulto, a maturidade para discutir as classificações é ainda maior do que nas escolas básicas e secundárias.
      
(publicada a 10 de Janeiro de 2011)

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