Eportefólio

Este blog consiste no eportefólio de Ana Maria Marmeleira, construído no âmbito da unidade curricular de Concepção e Avaliação em Elearning, do Mestrado de Pedagogia do Elearning, da Universidade Aberta.

Tema 2: Participação no debate

Depois da disponibilização da síntese dos vários artigos por parte dos grupos, foi possível aferirmos melhor se a nossa interpretação particular dos textos em estudo coincidiu com a proposta do grupo que analisou e sintetizou cada texto. Isso permitiu uma participação mais segura no debate. Participei na discussão de várias ideias diferentes, como passo a documentar:
        
          
Tentando estabelecer um paralelo entre as perspectivas dos vários textos, no início do debate:

Olá a todos
Considero importante o quadro que alguns colegas propuseram para orientar a análise comparativa dos vários textos. No entanto, gostaria de avançar com a minha perspectiva baseada na análise dos textos e dos comentários dos colegas (por uma questão de facilidade de leitura, referirei os artigos apenas pelo nome do primeiro autor).
Tal como a Cecília referiu acima, é possível encontrar pontos convergentes e divergentes entre os artigos. A principal divergência está provavelmente na abordagem que é feita à questão. Num caso, tenta-se expor os factores que têm de ser considerados para fazer um curso online (Alison Carr-Chellman); noutro foca-se a promoção da colaboração dos alunos online (Tinker); noutro, os aspectos a levar em conta na elaboração de questionários de qualidade que permitam aferir se foram respeitados os princípios fundamentais para um ensino online eficaz (Achtemeier); noutro destaca-se a importância de construir uma lista de verificação da qualidade do curso a partir de um quadro de referência para avaliar materiais de aprendizagem online (Herrington); e, finalmente, noutro propõe-se um modelo de sucesso assente na concepção, disponibilização e resultados do sistema (Holsapple).
Ainda assim, há muitos pontos de contacto, especialmente no que diz respeito aos aspectos mais significativos num curso online. Vou referir dois deles, apenas.
Tal como o Marco refere, um dos aspectos é a comunicação e interacção entre estudantes. Todos os artigos referem a importância desse factor, que é apresentado como crítico para o sucesso de um curso online. Mesmo que essa comunicação exista, na perspectiva de Holsapple a ausência de contacto humano não consegue ser completamente colmatada pela tecnologia. Mas tem de ser feito um esforço nesse sentido, por isso todos destacam a preocupação em promover este aspecto.
Um outro que gostaria de referir é a necessidade de constante avaliação de um curso. Durante ou no final de cada curso, todos destacam que tem de ser aferida a qualidade do mesmo, através de questionários ou de listas de verificação, mas não é possível ignorar este aspecto. Aqui, os estudantes têm um papel importante, pois é a sua perspectiva enquanto utilizadores que pode contribuir para melhorar o ensino online.
[] Ana Marmeleira
        
             
Em resposta à observação do Marco              
          
Olá Marco
Não precisas ficar preocupado com a tua interpretação :-), pois é óbvio que não se pode falar em modelos divergentes ou em verdadeiras divergências por uns focarem mais uns aspectos do que outros.  O que afirmei atrás deve ser entendido no sentido de que considero que há muitos pontos de contacto entre os diferentes autores, mas abordaram a questão de forma diferente.
Se fizermos uma análise mais completa, verificamos que praticamente todos consideram que devem ser levados em conta os mesmos aspectos para que um curso online possa ter qualidade. A tabela que está a ser construída (já agora, já lá fui completar um pouquinho alguns aspectos) dá-nos exactamente conta disso. Por exemplo, basta compararmos o Modelo de Sucesso do Elearning (Holsapple) com o Modelo Concord (Tinker). No primeiro caso, a qualidade é atingida por se prestar uma maior atenção ao sistema de informação, à sua concepção, ao modo como é disponibilizado e aos resultados que permite. Já o segundo, coloca o enfoque na colaboração entre os estudantes, havendo uma maior preocupação com este aspecto do que com outros. No entanto, não se pode falar de uma verdadeira divergência porque o factor mais valorizado por um não é considerado de pouca importância pelo outro, aliás ambos consideram tanto a qualidade do sistema como a comunicação importantes. A preocupação central, ou a base do modelo, se preferirmos, é que é outra.
Espero ter feito passar melhor a minha ideia desta vez.  ;-)
[] Ana Marmeleira
             
              
Em resposta aos posts de vários colegas que compararam o guia do estudante ao contrato de aprendizagem
           
Olá
Concordo plenamente com vocês. Parece o nosso contrato de aprendizagem, mas acho que a filosofia do nosso contrato vai mais longe - alia o guia de estudo ao feedback professor-aluno e à comunicação entre alunos. Digo isto porque, para além de orientar os alunos o nosso contrato de aprendizagem tem um carácter negociável que é posto em prática a partir dos comentários dos alunos, das achegas que outros alunos dão a esses comentários iniciais e da reacção do professor a esses comentários, esclarecendo dúvidas, alterando prazos, objectivos, tarefas, etc. No fundo, aliaram-se dois factores de sucesso - a orientação prévia e a comunicação.
[] Ana Marmeleira
              
                
Em resposta aos posts de alguns colegas discutindo as implicações da massificação na qualidade da educação
             
Olá a todos
É difícil aliar massificação e qualidade, especialmente se considerarmos massificação no sentido de alargamento do ensino a toda a gente, mesmo a quem não o quer frequentar. O problema do ensino presencial é que muitos alunos não percebem porque têm de estar lá, não gostam de estar lá e não querem estar lá. Se acontecesse o mesmo com o elearning, os problemas surgiriam, com certeza. O estudo apresentado em Holsapple mostra precisamente que quando se disponibilizou um curso online a alunos não motivados para o online, o grau de satisfação foi baixo. Por isso, um dos factores a ter em conta segundo os autores desse estudo é a selecção de alunos com predisposição para o elearning. O artigo Herrington refere também a importância de se proporem actividades interessantes, desafiantes, como a resolução de problemas, entre outras. Ora, isso funciona para alunos que gostam de aprender e de se esforçar. Outros artigos abordam a questão das competências tecnológicas, o que também não é para todos. Penso que um ponto comum entre as diferentes perspectivas apresentadas é mesmo o pressuposto de que o elearning exige alunos e professores predispostos para o online.
Por isso, não me parece que nenhum autor tenha em mente a ideia de que o elearning se massificará como o ensino tradicional. A não ser que consideremos massificação como a abertura a todas as pessoas em todo o mundo que estejam motivadas para a aprendizagem online...
[] Ana Marmeleira
             
       (publicada a 20 de Dezembro de 2010)

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